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sexta-feira, 9 de março de 2012

O fracasso de Vieira - 9

No seguimento do que escrevi ontem acerca da rede de amizades do presidente, hoje o foco está noutro aspecto negativo.

O tempo de Luís Filipe Vieira à frente do Benfica já vai longo. São 2 anos de Director Desportivo do Futebol (2001-2003) mais 8 (9) anos de presidente (2003-2012). Ao longo deste tempo, foram muitas as dificuldades que teve de superar, mas não tantas como as que nunca se cansou de repetir. Foram ainda mais (muitos mais) os erros que se cometeram, alguns dos quais com graves repercussões nos destinos do clube.

Em nono lugar: Delapidação dos Valores do Clube

Se dissessem a algum dos fundadores do Sport Lisboa, que um dia o clube iria boicotar a festa de um rival no nosso estádio (e da maneira mais foleira possível), decerto que nenhum acreditaria em tal coisa. Se dissessem a esses mesmo fundadores, que num universo de mais de 200.000 sócios, apenas 200 estariam presentes para votar uma revisão estatutária, decerto nenhum acreditaria. E se esses estatutos tivessem artigos atentatórios ainda mais se admirariam. Se lhes dissessem também, que os dirigentes encarnados se dariam com pessoas de índole questionável ou mesmo comprovadamente má e que os introduziriam no clube, decerto não acreditariam.

Com a chegada da modernização (palavra que tem vários significados e nem todos bons) ao Benfica, os valores tradicionais do mesmo, passaram um pouco para segundo plano. Já não é escândalo nenhum, ver o Benfica apoiar corruptos para cargos de poder (a luta contra esse tipo de coisas sempre foi a nossa imagem de marca).
A nossa grandeza, conquistada fruto do muito labor em prol do clube, tornou-se para os dirigentes actuais, fonte de fanfarronices várias, que em épocas anteriores não seriam toleradas pela exigente massa associativa benfiquista. Neste país, ser honesto já não compensa, e infelizmente, a transparência e honestidade apregoadas desde há alguns anos a esta parte, não são para tudo. Em minha opinião, o maior impacto negativo que isto traz, é o gradual desligar da massa critica, que tanto deu ao clube. A assistência das Assembleias Gerais do clube diminui de Assembleia para Assembleia, tendo uns "paus-mandados" tomado conta das mesmas, para discutir coisas sem qualquer interesse ou relevância para a vida do clube. Naquilo que realmente interessa há falta de debate constructivo dessa mesma massa critica. Interrogar, questionar, obter respostas satisfatórias de quem dirige, etc.

Só resolveremos estes problemas (que a continuarem ainda nos vão dar grandes dissabores) de uma forma. Fazer regressar em força os nossos valores tradicionais: Honestidade, Rectidão Moral, Compaixão, Espírito de Sacrifício, Labor e Trabalho, em suma tudo aquilo que nos fez grandes no mundo. 

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