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sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Final do Tormento

Finalmente acabou o tormento do defeso. Durante uns meses, todas as especulações, invenções e discussões acerca de entradas e saídas deverá cair para níveis mais comportáveis com a sanidade mental dos benfiquistas.

No final de tudo, as saídas "previstas" acabaram por não se realizar todas, existindo ainda contratações de qualidade. Se no inicio de Agosto o panorama não era nada animador, neste inicio de Setembro já se apresenta mais desanuviado. Penso que o Benfica tem um plantel capaz de lutar internamente com os seus rivais pelo ceptro nacional. E penso que esse deverá ser assumidamente o objectivo número Um. Como aliás já foi sendo frisado pelo nosso treinador.

Até Janeiro, estes serão os nossos e merecerão o nosso apoio na defesa do clube. Só que terá de existir a capacidade de escolher bem, por parte de quem lidera esta equipa. O jogo com o Sporting pôs ainda mais em claro algumas das nossas fragilidades. Ainda temos bastante trabalho pela frente.

Na Liga dos Campeões calhou-nos o grupo mais equilibrado de que tenho memória. Todas as equipas se apresentam a um nível bastante semelhante, sendo possível a qualquer uma delas liderar o grupo assim como ficar no último lugar. Penso que fazer o pleno de vitórias em casa será importantíssimo neste grupo. Um ponto que poderá correr a nosso favo, poderá ser a nossa maior experiência em jogos de pressão competitiva altíssima. O plantel parece curto para conjugar a vertente interna com a europeia, mas nada é impossível.


Trabalho de formação

O Benfica acaba de ser distinguido pela UEFA, como o clube que melhor interpretou os valores da competição. Depois da chegada à final, a todos os títulos notável e demonstrativa de que há talento de sobra nas nossas camadas de base, é mais um reconhecimento do excelente trabalho que tem sido desenvolvido no Seixal.

Parabéns ao Sport Lisboa e Benfica, à direcção, à sua estrutura técnica e aos seus jovens jogadores. O prémio é apenas mais um incentivo a continuar o bom trabalho.

Apesar de todos os problemas que tenho vindo ao longo dos anos a apontar à gestão de Luis Filipe Vieira à frente do clube, neste caso acho que não há nada a dizer. O trabalho foi bem planeado, desenvolvido e implementado. As pessoas certas foram colocadas nos lugares certos e os resultados estão à vista. Os nossos jovens jogadores têm tanto ou mais talento que todos os restantes, e muitos deles têm sobressaído enormemente nos maiores palcos europeus. Tanto que, jogadores jovens já começam a ser bastante assediados por clubes estrangeiros à procura de talento.

Desde a sua inauguração, o Caixa Futebol Campus no Seixal, tem sido o palco onde treinadores altamente qualificados formam jogadores de topo. As convocatórias das selecções jovens são o maior exemplo do quão bem se trabalha no Seixal. É rara a convocatória (em qualquer dos escalões) onde os nossos jovens jogadores não estejam em maioria. 

Mas o caminho não termina aqui, nem acho que terminará. Ainda existirão alguns passos a dar, nomeadamente na questão do lançamento destes jovens na alta roda do futebol português. Ainda não chegámos lá, por vários motivos, mas estou em crer que num futuro próximo poderemos ver os resultados de nosso excelente trabalho na formação a brilhar ao mais alto nível na nossa equipa principal. Porque ninguém tenha dúvidas de que qualidade para isso existe com fartura.