Segundo os números apresentados no Site oficial do clube, «...56,7 por cento dos sócios presentes votaram contra e 40,2 mostraram-se favoráveis ao Relatório & Contas apresentado pela direcção do Clube. Existiram ainda 3,1 por cento de abstenções.»
Obrigado aos que foram lá decidir o Benfica. Mostram-me que o Benfica ainda tem quem se interesse por ele, entre os milhares de sócios que foi angariando ao longo dos anos. E também me mostraram que é sempre possível lutar pelo que se acredita e que desistir não é opção. Seja-se a favor ou contra, todos pelo Benfica!
Algumas notas adicionais, devido a relatos que fui lendo e recebendo de amigos que estiveram presentes.
- A votação de 56,7% vs 40,2% não tem seguimento no rácio de sócios que votaram. Estariam na AG cerca de 400 sócios que votaram pelo chumbo e cerca de 100 que votaram pela aprovação.
- Rebentou um petardo dentro do pavilhão, coisa de lamentar, pois mesmo que com pontos de vista diferentes, ali eram TODOS benfiquistas.
- O presidente saiu logo após o anúncio de resultados, sob os pedidos de Demissão.
- Não existiu período adicional para discussão de outros temas.
- Finalmente, várias figuras da "oposição" marcaram presença e usaram da palavra.
Estive lá e votei contra o R&C.
ResponderEliminarAinda assim não deixo de me sentir desiludido com alguns sócios que não sabem o que é democracia (liberdade de voto), educação (...) e honestidade (votavam cá em baixo e depois voltavam a votar nas bancadas).
Lamentável!
Esperemos que estes ecos todos da AG não desviem a atenção para o jogo que mais logo a equipa disputa em Paços de Ferreira, especialmente depois do que se passou em Coimbra na última jornada.
ResponderEliminarVoltando ao tema da assembleia, acho que a não aprovação do R&C não é mais do que uma chamada de atenção, forte, por parte dos sócios para a estratégia seguida nos últimos anos.
Despesas desnecessárias e avultadas, maus resultados da equipa principal de futebol, decisões discutíveis no que respeita a apoios a entidades federativas e da liga, política dúbia de contratações e dispensas, encabeçam as principais razões do descontentamento dos sócios, e acho que nisto haverá bastante unanimidade.
É verdade, que também há coisas boas, como o aparecimento de resultados nas modalidades, vitórias das equipas de futebol nos escalões inferiores e outras.
O problema é que, todos sabemos, que os sócios gostam muito disso, mas a verdade é que o interesse maior está e sempre estará na equipa principal de futebol, o grande bastião do clube, e se nessa não houver resultados visíveis e palpáveis, tudo o resto tenderá a desmoronar-se.
A juntar a isso, este ano e noutros, há uma grande falta de coerência na própria estratégia (ou falta dela) adoptada para a equipa de futebol. Uns dias ouvimos dizer que vamos ter uma equipa que outros terão inveja, noutros ouvimos que vamos continuar a vender, depois de vendermos a espinha dorsal do meio campo.
Isto cria instabilidade e dúvida nos sócios e adeptos, a quando lhe juntamos maus resultados, o caldo entorna-se.
Quanto à assembleia, penso que foi mais um tiro no pé desta direcção. Penso que apesar do ponto único ser a aprovação do R&C, penso que mesmo depois de não ser aprovado deveriam prolongar a AG e ouvir os sócios. Todos sabemos que alguns se exaltam, mas depois da exaltação inicial, acabam por recuperar a calma e ouvir com clareza as propostas e discuti-las.
Esta ou outra AG são as melhores oportunidades que uma direcção tem para trazer os sócios para perto de si. E se não percebem e não aguentam com o descontentamento dos sócios e viram costas, isso não fará mais do que agudizar esse mesmo descontentamento.
As pessoas em cargos de liderança têm de estar preparadas para ouvir e aceitar as críticas, mesmo que não concordem com algumas, não podem ignorá-las, até porque nestes casos são as pessoas que as colocam nos cargos.
É verdade que os excessos não são bem vindos e são lamentáveis, e aqueles que reclamam por mudança, por ser ouvidos, ao terem atitudes dessas não só não serão ouvidos como prejudicam algo que poderia ser proveitoso para o clube.
Penso que no clube como no país há um grande défice de humildade ao não se ouvir o que os outros têm para dizer. O facto de alguém dizer algo que eu não concorde não faz dela uma inimiga, ou uma pessoa com ideias erradas, apenas alguém com uma visão diferente.
O maior perigo que penso que o nosso clube corre é um défice muito grande de pluralidade, de ideias diferentes, de diferentes visões para o clube. A união de diferentes visões poderia ser muito positiva, o insistir num clube fechado conduzir-nos-à a algo que não queremos, e ninguém desejará de certo...
Concordo com o comentário do "Conversa Fiada" :) e acrescentaria mais alguns pontos que me parecem têm provocado grande descontentamento por parte dos sócios:
ResponderEliminar- a ausência de uma política de defesa do clube depois de roubados pelas arbitragens. Basta recordar o silêncio há dois anos quando fomos prejudicados no início do campeonato e só se falava no roberto ou o ano passado quando estavamos com 5 pontos de vantagem e fomos roubados em Coimbra, Guimarães e depois na Luz.
- o silêncio depois de prejudicados pela comissão de arbitragem, como no caso do inacreditável castigo de 2 jogos ao Aimar.
- a verborreia habitual do LFV com conversas sobre a aposta na formação e nos grandes resultados já alcançados nessa área.
- a "amizade" de LFV com inimigos do Benfica, como são António Salvador (aliado de negócios de LFV) e Joaquim Oliveira. Desculpabilizar o antónio salvador, depois dos apagões em braga e dos duches com água fria ou convidar para as galas do benfica um sujeito como o oliveirinha que prejudica o clube há anos...
- a ausência prolongada do estádio para tratar de negócios pessoais no Brasil ou em Moçambique (obviamente que o homem tem direito a ter vida própria, mas os sócios não admitem que um presidente deixe o clube em 2º lugar em termos de prioridades).
- os golpes estatutários (embora neste ponto se possam atribuir culpas aos sócios que são quem aprova ou reprova)
- as contratações de elementos não benfiquistas, caso de DSO, antónio carraça, jorge "o porto é uma religião" gomes.
- a presença de elementos como joão gabriel cuja principal tarefa parece ser a defesa do presidente (e não do clube)
- as retaliações às claques impedindo-as de entrarem com tarjas, como vingança pela discordância das mesmas em relação à gestão do clube.
- o tratamento dos sócios como clientes (prejudicando-os frequentemente por exemplo com ofertas de bilhetes)
- os negócios "estranhos" com o Atlético de Madrid.
Isto são alguns pontos nos quais eu pessoalmente me sinto descontente. Para além destes, a já referida falha na questão desportiva, com repetição de erros ano após ano...
Enfim... mau demais para ser verdade!
É que não acredito que surjam alternativas ao Vieira e pior do que isso não acredito que o Vieira deixe de cometer os mesmos erros! :(