origem

Páginas

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Ontem e o Futuro

Ontem perdemos. Normalmente, isso acontece um bocado antes de 20FEV, mas já meteu os benfiquistas a chorar que nem madalenas medrosas.

A realidade, para mim, é que neste momento JJ tem 12 jogadores para jogar mas só pode meter 11. A saber:

- Artur, Maxi, Luisão, Garay, Emerson, Javi, Witsel, Nolito, Aimar, Gaitan, Rodrigo, Cardozo.

O problema começa, em cada jogo a partir de agora, em saber qual destes 12 começa no banco, salvo rotações eventuais.

Na baliza, defesa e "6", estão aí 6 dos 11. Depois é que começam as dores de cabeça, de que é feito o trabalho de um treinador, e que mexem com as cabeças dos adeptos e seus amores respectivos:

- Tirando Witsel, perde o meio campo, como ainda ontem se viu, pois Aimar/Javi não chegam, Nolito é gajo para só ver para a frente, Gaitan não lhe apetece, Rodrigo e Cardozo não são para aquilo;

- Tirando Nolito, e encostando Gaitan à esquerda, perde um dos favoritos da bancada, que abana com o jogo, que é um perigo constante. Perde um apoio tambem ao Emerson que, coitado, precisa de todo o que lhe puderem dar, que ele está mesmo perdido.

- Tirando Aimar, perde capacidade de passe, classe, posse e definição atacante. Javi/Witsel não chegam, Nolito nunca aparecerá pelo centro, Gaitan ás vezes apetece-lhe, mas pouco. Rodrigo não é "10" nem nunca será. CArdozo não é para aquilo;

- Tirando Gaitan, encosta Witsel à meia direita, ganha meio campo, recuperação de bola, posse, mantendo a mentalidade atacante, podendo Witsel (embalado) ou Rodrigo (descaindo) vir à direita. Nolito já deu para ver que a formatação dele é Barcelona e sendo destro, não vem para a direita. Arrisca-se tambem a perder um negócio de dezenas de milhão, no Verão.

- Tirando Rodrigo, Obrigava Aimar a estar mais perto de Cardozo, mas um 4x3x3 é o que vaticino como mais natural para esta equipa desde o dia 0. Perde-se um talento explosivo, que quebra defesas como faca quente em manteiga, se bem que tem de apurar (e muito) o remate, o "instinto" de saber enfiar a bola na baliza. Perde tambem o apoio das bancadas, que ama o Rodrigo como ama o Nolito.

- Tirando Cardozo, perde a semi certeza dos imensos golos que o ponta de lança paraguaio converte a cada época que passa, onde vem subindo degraus que há mais de 15 anos julgávamos estar reservados aos imortais. Pode ganhar mais carrossel, mas isso sem golos serve de... nada! Tira um dos mal amados, mas que garante vitórias. Tiraria um jogador que se importa pouco de ser a estrela brilhante, mas que é, a meu ver, o mais útil do plantel.




E é isto. Rode-se. Mas seja quem for que jogue, apoie-se que temos uma mão lá na Taça. Ou achavam que não iamos perder nunca?

Sem medos!

6 comentários:

  1. Eu sabia que aquelas duas ou três jolas belgas que eu "usei" para te "contratar" não tinham sido em vão.
    Simplesmente fantástica a análise.

    Mas acho também que alguns dos "suplentes" podem dar mais liberdade à equipa. Casos de Miguel Vitor, Bruno César, Matic e Nelson Oliveira.

    Já Capdevila e Djalo são incognitas

    ResponderEliminar
  2. A táctica de ontem pôde ter funcionado com Javi de trinco, mas nunca com Matic, que não chega, sobretudo com Emerson a sua esquerda deixando ocos e com Maxi subindo alegre e não sempre oportunamente. Aimar tem de estar demasiado pendente de todo isso com o que se esgota fisicamente e queda sem liberdade para criar jogo ofensivo. Quando JJ quis rectificar fazendo entrar a Witsel se voltou a equivocar, porque o sustituído deveu ser Rodrigo

    ResponderEliminar
  3. Muito muito bem.

    Isto foi um deja vu da época passada...4-4-2 inglês de há 20 anos.

    Unica equipa do Mundo a jogar com 2 extremos, 2 avançados e 1 medio-ofensivo.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Contra os Paços de Ferreira e Navais desta vida é o melhor... já em jogos de maior dificuldade é o desastre completo.

      Eliminar

Todos os comentários são moderados.
Não serão admitidas faltas de respeito ou insultos, seja aos autores dos artigos, seja entre comentadores.
Pense bem antes de escrever.