Como prometido, aqui está a nova rubrica aqui do blog.
Começando é claro, pelo jogo que envolveu o Benfica, vamos iniciar a época de análise lúcida e coerente (espero), às incidências arbitrais dos vários jogos que envolvem os três grandes.
O jogo entre Benfica e Braga foi arbitrado por Artur Soares Dias e teve algumas incidências, nomeadamente ao nível de expulsões injustas e golos não validados. No vídeo, podem ver uma análise simplista dos lances que achei pertinentes mencionar.
O vídeo está disponível para download em: http://cyberlocker.ch/shbrtrhna014
A palavra passe é socioencarnado
Após visualizarem o vídeo (ou ao mesmo tempo que o fazem), podem também ler a análise que faço, nos parágrafos abaixo. Não pretendo como nunca pretendi, ser o dono da verdade. Isto é a minha visão dos lances em questão face às imagens disponíveis.
- Resumo
O árbitro Artur Soares Dias, esteve em geral bem, segurando convenientemente o jogo, não permitindo que o mesmo se transformasse numa batalha. Os cartões foram quase sempre bem mostrados, mas as análises técnicas tiveram alguns percalços. No geral, e tendo em conta que o árbitro não possui estes meios de análise considero a sua actuação razoável. Bem melhor que algumas anteriores. Não se livrou no entanto de ter alguma influência no resultado final, embora a tendência de empate fosse prevalecer.
- Lances bem ajuizados
19' - Maxi Pereira atinge Ruben Amorim no peito com o antebraço, quando ambos disputam o lance no ar. Maxi chega claramente a destempo, causando uma aparatosa queda a Ruben Amorim. Amarelo bem mostrado.
23' - Salvio tenta furar por onde nunca poderia passar e acaba por ir contra Douglão. Bem o árbitro ao mandar jogar.
45' - Alan faz falta sobre Bruno César, mas devido ao sitio e direcção da bola, a mesma não é para amarelo.
59' - Rodrigo entra na área após tabela com Bruno César, mas Salino ganha a posição. Não há penalty nem simulação.
71' - Penalty claro por mão na bola. O auxiliar é que assinalou o castigo máximo.
- Lances mal ajuizados com beneficio da dúvida
21' - Fora de jogo não assinalado a Alan, que se isolou. Não fosse Artur sair rapidamente da baliza e poderia estar aqui um caso do jogo. No momento do passe Alan está apenas ligeiramente adiantado, pelo que dou o beneficio da dúvida ao auxiliar.
29' - Maxi parece ser tocado por trás por Ruben Amorim antes da sua própria falta sobre o mesmo. O auxiliar pode não ter considerado o encosto suficiente para a queda, pelo que lhe dou o beneficio da dúvida.
35' - Falta a meio campo sobre Ruben Amorim por parte de Javi Garcia. O espanhol "mata" o lance com uma obstrução com os braços. Deveria ter sido assinalada falta.
81' - Cardozo não chega a tocar em Beto, embora só o tenha vislumbrado na terceira repetição. Nas outras repetições e no lance corrido, parece-me que há um toque, que sendo na pequena área dá direito a livre. Beneficio da dúvida para o árbitro.
- Lances mal ajuizados graves
27' - Salvio obstrui Ismaily na barreira aquando do livre indirecto. O auxiliar tinha obrigação de ter visto, embora o árbitro esteja tapado. Podia ter dado golo do Benfica.
49' - Antes do golo de Sálvio existem duas mãos na bola. Uma de Douglão, que tenta interceptar o cruzamento de Rodrigo mas fá-lo de braços abertos, e outra de Cardozo que também se faz ao lance posterior de braços abertos. Deveria ter sido assinalado penalty a favor do Benfica e não o golo.
Na realidade, como foi golo, o lance não tem a valoração que teria caso não tivesse sido golo.
71' - Não é Douglão que mete a mão à bola, mas sim Custódio. Um já tinha amarelo e o outro não, pelo que a expulsão é injusta. A decisão é exclusivamente do auxiliar e o Benfica ficou a jogar indevidamente com mais um, por cerca de 20 minutos.
No final, parece-me que o empate se aceita, pelo que as duas equipas fizeram em campo. Nenhuma foi claramente superior à outra.
Muito bem. Mas, como estamos a analisar arbitragem, faltou a referência obrigatória, tal o escandalo, ao tempo de desconto. é que neste jogo, o senhor apitador não só colaborou com as sucessivas fitas e perdas de tempo do Beto como, no fim, deu apenas 4 minutos de desconto, quando o dobro não escandalizaria ninguém.
ResponderEliminarCaro Anónimo,
EliminarObrigado pelo conselho. Realmente não me foquei no tempo de desconto.
Pelo que vi na segunda parte (e revi o jogo ontem) acho que se adequavam 5 minutos (eventualmente 6), pelo que não me parece que tenha sido por aí que tenha vindo mal ao mundo.
Cumprimentos
Apenas um pormenor, o Beto fez várias vezes teatro em relação a ter sido carregado, foi no lance que seria autogolo e acho ser um erro grave e antes disso já o tinha feito. Mas mais do que os erros do árbitro foram os erros do Benfica que nos levaram a não ganhar
ResponderEliminarCaro B Cool,
EliminarPoderá tê-lo feito e o árbitro também ele, ter sido conivente com isso. Se tivessem havido 5 ou 6 minutos de compensação não me escandalizava.
Agora do que pude ver do lance, acho praticamente impossível ao árbitro ver no lance corrido que não houve falta. A mim, só na terceira repetição consegui perceber que não há toque, pela câmara que está atrás da baliza.
Como dizes, não foi pelos erros do árbitro que o Benfica não venceu este jogo.