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domingo, 20 de março de 2016

Estrelinha ou sorte?

Um jogo péssimo no Estádio do Bessa. Nenhuma equipa fez o minimo que fosse para vencer o jogo. Um golo caído do céu (literalmente) que mantém o Benfica na frente da classificação.

Um resumo bastante aproximado do que foi o jogo de hoje. Não jogámos nada bem, perdidos no meio da teia boavisteira, sem criatividade ou soluções para desbloquear um jogo que se antevinha bastante difícil. E difícil foi, cheio de perdas de tempo, faltinhas, jogo muito mastigado de parte a parte, e quase zero motivos de interesse.

Rui Vitória escalou mal o onze hoje (embora tenha corrigido com as substituições). Sálvio é claramente para ir entrando, até ter o ritmo necessário (pondero mesmo se não seria bom jogar um jogo pela B para ganhar esse ritmo). Nélson Semedo esteve muito trapalhão e Renato Sanches fez o pior jogo que lhe vi de águia ao peito. A equipa esteve sempre desligada em campo, muito presa aos arames armados pelo adversário.

No ataque Jimenez e Jonas pouco mais foram que corredores atrás da bola, sem espaço ou engenho para fazer mehor. Mas quem tem Jonas na equipa sabe que o avançado brasileiro pode resolver o jogo de qualquer lado e a qualquer hora. E foi isso que aconteceu. O nosso melhor marcador, aproveito uma assistência primorosa de Carcela e fez o resultado do jogo, com a calma olimpica a que já nos habituou.

O nosso melhor jogador foi sem duvida o Guarda-Redes Ederson. Nem tanto pelo que defendeu (que não foi quase nada) mas pela extrema segurança que emprestou à equipa em momentos em que podiamos ter perdido o norte.

Continuamos na frente, mas este jogo foi um aviso muito sério à navegação. Não podemos ter mais desempenhos destes, porque da próxima vez é bem provável que nem o santo Jonas nos valha...

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

O melhor defeso de Inverno

Aparentemente, algo mudou no ninho da Águia. Em vez de defesos animados, concorridos e com demasiados novos brinquedos, desta vez, optámos por estar contidos, com contratações cirúrgicas e procurando por soluções internas, ao invés de investir o que não temos em "ocasiões de negócio".
Com a mudança de timoneiro, parece-me que mudámos também de estratégia (a tal apregoada aos sete ventos desde há muitos anos a esta parte). Os aparecimentos de Gonçalo Guedes, Nelson Semedo e Renato Sanches (para nomear os mais bem sucedidos), teriam sido impossíveis caso se tivessem investido mais milhões de euros em cromos novos. 

Só fico com pena, que a estratégia anterior (em parte determinada pelo timoneiro de então) nos tenha privado de ver Bernardo, Ivan, Helder, André ou João durante um bom par de anos com o manto sagrado, a espalhar magia por esse Portugal fora. Teria sido bonito.

No final da época, espero que esta mudança se reflicta também nas contas apresentadas, com a relação Activos/Passivos a melhorar.

domingo, 31 de janeiro de 2016

A evolução do trabalho

Acabadinho de ver o jogo em Moreira de Cónegos apraz-me escrever o seguinte:

1. Começando pelo negativo, este jogo podia ter sido muito mais difícil, caso o Gaitan tivesse sido expulso (como devia). Mesmo não acertando no jogador do Moreirense a atitude de resposta nunca pode ser aquela.
Embora eu não concorde de todo com a lei nestes casos (em respostas desta natureza precipitadas pelo anti-jogo de adversários), a mesma é bem explicita que tentativas de agressão têm de ser punidas com cartão vermelho directo.

2. A qualidade colectiva deste Benfica já está em níveis bem apreciáveis. Os jogadores já interiorizaram, que quando todos estão com um objectivo comum, as suas qualidades individuais vêm ao de cima. Para mim, além do treinador, o maior obreiro desta subida de rendimento colectivo chama-se Pizzi. Tem feito "jogos de champions em campos de distrital".

3. Com a subida de rendimento colectivo bem notória, o nosso ataque tem sido formidável na forma como tem conseguido desarmar todas as defesas que têm aparecido no seu caminho (sem contar com os dois primeiros jogos da Taça da Liga). Há uma fome de golos nesta equipa que já não via desde a primeira época de Jesus no Benfica. Jonas é simplesmente um génio da bola. Já não há subjectivos para o qualificar devidamente.

4. Rui Vitória segue o seu caminho, que a continuar desta forma vai ser vitorioso. Com calma, ponderação e qualidade, muita qualidade. O seu discurso de final de jogo esta noite é uma das coisas que mais prazer me dão em relação ao passado recente do Benfica. Em vez do "Eu fiz", "Eu pensei", temos agora o "Nós trabalhámos", "Eles (jogadores) são os responsáveis por isto", "Estamos bem porque continuamos a trabalhar em conjunto, não é só uma ou duas pessoas". E isso é à Benfica!

Continuar a trabalhar desta forma vai-nos levar à glória.
1904!